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KAINGANG – TERRA INDÍGENA VANUÍRE

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A simbologia dos grafismos para o povo Kaingang é profundamente enraizada em suas tradições culturais. Um exemplo marcante desse significado está nos tecidos feitos com fibra de caraguatá pelos nossos antepassados. Além disso, os grafismos são incorporados ao corpo dos Kaingang, como elementos de identificação e expressão cultural. Cada grafismo aplicado é carregado com uma história, um sentido de pertencimento e uma conexão com as raízes ancestrais, refletindo a importância profunda dos grafismos na preservação e na transmissão da cultura Kaingang ao longo das gerações.

A representação da fogueira para nós, Kaingang, simboliza a cultura que herdamos de nossos antepassados e a responsabilidade de não permitir que ela se apague. Como uma fogueira que é passada de geração em geração, nossa cultura arde intensamente, iluminando nosso caminho e aquecendo nosso sagrado. Assim como cuidamos do fogo para que ele nunca se apague, também cuidamos de nossa cultura, transmitindo-a com zelo e orgulho aos nossos descendentes. A fogueira é um elo que nos conecta com as histórias, os saberes e os valores que representam nossa identidade Kaingang ao longo dos tempos, e sua representação está profundamente em nosso povo, lembrando-nos da importância de manter viva a chama de nossa herança cultural.

Susilene Elias de Melo (Kitche-Rã)

Kaingang (Terra Indígena Vanuíre)

Terra Indígena Vanuíre

A Terra Indígena Vanuíre, Arco-Íris, é pluriétnica, tendo em seu território sete povos, os Kaingang, Krenak, Terena, Guarani Nhandewa, Atikum, Fulni-ô e Pankararu. De acordo com o IBGE (2022), atualmente, o território tem uma população de 239 indígenas. Possui área oficial de 709 hectares. Foi homologada. REG CRI E SPU., por Decreto 289, de 30 de outubro de 1991 (ISA, 2023).

Povos e Terras Indígenas do Oeste Paulista

De acordo com o Censo de 2022, há no Brasil aproximadamente 1,7 milhão de indígenas, o que representa 0,83% da população total do país. No ano de 2010, o Censo apontou 896.917 mil indígenas, ou seja, o novo Censo identificou-se 88,82% maior que o anterior (FUNAI, 2023).

O estado de São Paulo fica em 10º no ranking por Unidade Federal, totalizando 55.295 indígenas, sendo 51.115 (92,44%) residentes fora de terras indígenas e 4.180 (7,56%) dentro das terras indígenas (IBGE, 2022).

No Oeste Paulista, há a Terra Indígena Vanuíre (Arco-Íris), Terra Indígena Icatu (Braúna) e Terra Indígena Araribá (Avaí), totalizando a presença de 1.017 indígenas nesses territórios.

REFERÊNCIAS

FUNAI – Fundação Nacional dos Povos Indígenas. Dados do Censo 2022 revelam que o Brasil tem 1,7 milhão de indígenas. Disponível em: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2023/dados-do-censo-2022-revelam-que-o-brasil-tem-1-7-milhao-de-indigenas. Acesso em: 15 ago. 2023.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2022. Panorama. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/indicadores.html?localidade=BR. Acesso em: 15 ago. 2023.

ISA – Instituto Socioambiental. Terras Indígenas no Brasil. 2023. Disponível em: https://terrasindigenas.org.br/#pesquisa. Acesso em: 15 ago. 2023.

Fotos
Descrição do Logo
régua de logos, com a logo da acam portinari, museu índia vanuíre, cultsp e governo do estado de são paulo

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