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TERENA – ALDEIA EKERUÁ

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O símbolo do povo Terena é a ave Ema (Kipâe). Na ilustração está representado com a silhueta da ave. As cores azul e vermelho demonstram a identidade de temperamento que existe na dança masculina da Terra Indígena Araribá, estado de São Paulo.

A cor branca que está fazendo a divisão entre a cor azul e vermelho seria uma das três cores que os homens utilizam nas pinturas corporais.

O Hiyokena Kipâe (Dança da Ema) é separada em duas fileiras, a fileira esquerda estão os Súkirikeono (cor azul), que são homens com temperamento nervoso e agressivo, não gosta de brincadeiras. Já na fileira direita estão os Xúmuno (cor vermelho), homens com temperamento calmo, manso e brincalhão, não tem vergonha de conversar.

Essa forma de identificação de temperamento referente a cor é representada na dança através de fitas de papel de seda, ou pano que são coladas ou amarradas nas vestimentas.

Em algumas regiões do país, como no estado do Mato Grosso do Sul, o Terena representa os Súkirikeono na cor verde, aqui no estado de São Paulo, especificamente na Terra Indígena Araribá, o Terena representa os Súkirikeono na cor azul.

O desenho de grafismos em linhas paralelas na cor preta que está em formato de meio círculo vindo da parte das costas da ave Ema, passando pela barriga e finalizada no pé, significa a representação da agricultura, que é uma atividade bem recorrente no povo Terena.

Já o desenho em círculo, completo na cor vermelha que está contornado com a cor preta, é a pintura tradicional das mulheres Terena que é realizada no rosto, feito um círculo completo em cada lado da bochecha. O significado desse círculo está nas cores. O preto significa o amanhecer do dia, e o vermelho o entardecer.

Tanto para os homens quanto para as mulheres do Povo Terena o significado da cor da pintura tem o mesmo sentido como citado anteriormente. A cor preta significa o amanhecer do dia, a cor vermelha o entardecer e a cor branca significa o meio do dia, ou seja, na ordem é, cor preta, cor branca e cor vermelha, sendo representado as fases que o dia possui.

Porém, dependendo da situação essas três cores de pintura transmitem outro significado, cor preta o luto, cor branca a paz, e cor vermelha o sangue derramando por nossos parentes que foram assassinados.

As fontes de informação foram feitas através de entrevista por alguns anciões da Aldeia Ekeruá, a parte referente a dança masculina, o Hiyokena Kipãe (Dança da Ema) foi realizada com Mário de Camilo, ex liderança e ex cacique da dança e Júlio Pio, atual cacique da dança. A parte referente a pintura realizada com a anciã e Koixomonéti (Pajé) Ingracia Mendes.

Natália Lipu Terena (Terra Indígena Araribá – Aldeia Ekeruá)

Terra Indígena Araribá

A Terra Indígena Araribá, pertencente ao município de Avaí, possui quatro aldeias (Ekeruá, Kopenoti, Nimuendajú e Tereguá). Há em seu território os Guarani Nhandewa, Terena e Kaingang. Segundo o IBGE (2022), atualmente, o território tem uma população de 641 indígenas. Possui 1.945,70 hectares. Foi homologada REG CRI E SPU, por Decreto 308, de 30 de outubro de 1991 (ISA, 2023).

Povos e Terras Indígenas do Oeste Paulista

De acordo com o Censo de 2022, há no Brasil aproximadamente 1,7 milhão de indígenas, o que representa 0,83% da população total do país. No ano de 2010, o Censo apontou 896.917 mil indígenas, ou seja, o novo Censo identificou-se 88,82% maior que o anterior (FUNAI, 2023).

O estado de São Paulo fica em 10º no ranking por Unidade Federal, totalizando 55.295 indígenas, sendo 51.115 (92,44%) residentes fora de terras indígenas e 4.180 (7,56%) dentro das terras indígenas (IBGE, 2023).

No Oeste Paulista, há a Terra Indígena Vanuíre (Arco-Íris), Terra Indígena Icatu (Braúna) e Terra Indígena Araribá (Avaí), totalizando a presença de 1.017 indígenas nesses territórios.

REFERÊNCIAS

FUNAI – Fundação Nacional dos Povos Indígenas. Dados do Censo 2022 revelam que o Brasil tem 1,7 milhão de indígenas. Disponível em: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2023/dados-do-censo-2022-revelam-que-o-brasil-tem-1-7-milhao-de-indigenas. Acesso em: 15 ago. 2023.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2022. Panorama.Disponível em:
https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/indicadores.html?localidade=BR. Acesso em: 15 ago. 2023.

ISA – Instituto Socioambiental. Terras Indígenas no Brasil. 2023. Disponível em: https://terrasindigenas.org.br/#pesquisa. Acesso em: 15 ago. 2023.

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