Par de botas de couro marrom de cano longo e cadarço de fio de algodão marrom. Pertencia ao fundador da cidade, Luiz de Souza Leão.
Fotografia de Wagner Souza e Silva
O acervo de aproximadamente 38 mil objetos museológicos reúne peças da história da cidade e artefatos e objetos de diferentes povos indígenas no Brasil, formando um dos mais importantes acervos do Estado de São Paulo. Esse acervo permite que o museu promova uma discussão em torno do processo de colonização do oeste de São Paulo e a relação, no passado e no presente, entre indígenas (ainda presentes na região) e não indígenas.
A coleção histórica representa a formação e o desenvolvimento do município, desde o núcleo inicial de 1929, e a contribuição dos grupos de imigrantes como letos, espanhóis, portugueses, japoneses, árabes e outros. A hemeroteca reúne os principais jornais originais, mais de 10 mil edições, de Tupã do final da década de 1940 até meados dos anos 1990.
A coleção indígena representa diversos povos presentes no território brasileiro, como os Karajá, Kayapó, Rikbaktsa, Suyá, Tapirapé, Asurini, Kaapór, Wajãpi, Waujá, Bororo, Yanomámi e outros. Reúne objetos de caça, uso doméstico e de outras atividades cotidianas e ritualísticas dos povos indígenas, além de plumária, cerâmica, cestaria e tecidos. Destacamos a cerâmica Kaingang produzida no oeste de São Paulo.
Par de botas de couro marrom de cano longo e cadarço de fio de algodão marrom. Pertencia ao fundador da cidade, Luiz de Souza Leão.
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Torrador de café, modelo alemão em ferro. Corpo principal com base retangular e quatro pés, provido de duas bases que sustam o tambor em formato circular. Estrutura vazada, provida de manivela em ferro e madeira.
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Calça de tecido branco. Cós com 7 passadores e um botão plástico na cor bege, 1 passador abaixo do botão. Braguilha com 5 casas e 5 botões plásticos na cor bege. Dois porta-níqueis na frente. Pertencia ao fundador da cidade, Luiz de Souza Leão.
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Instrumento espanhol de percussão em duas peças piriformes em madeira escura. Extremidades com dois orifícios cada, unidas entre si por cordel elástico na cor preta. Face interior côncava.
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Recipiente e pincel/batedor de origem japonesa, feito em cerâmica. De forma semiesférica, com base circular, bojo com decoração de motivos florais, crisântemos e geométricos em alto relevo, com pintura na tonalidade branca. Utilizado na cerimônia do chá.
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Feito de cipó-guaimbé. Confeccionada na Terra Indígena Nonoai (Rio Grande do Sul). Antigamente, era feita para colocar dentro da casa do povo indígena, para que não “tomasse o lugar” do pássaro na mata. Colocava-se comida dentro para o passarinho primeiro vir, comer e depois tornar-se moradia dele.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Cesto circular de talha de fibra vegetal natural e tingido (nas cores preto e vermelho), trançado, borda direta, com base em pedestal. Com duas alças laterais envoltas por fios de algodão vermelho.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Cesto circular de talha de fibra vegetal natural e tingido (rosa), trançada, borda direta, com base em pedestal.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Cordel de fio de algodão com sementes vermelhas, marrom e preta com roletes de bambu intercalados.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Cesto em taquara, nas cores natural, amarelo, roxo e vermelho (tinta industrializada), com base e borda redonda. Possui 4 pés em bambu e 1 alça de taquara. Tampa em taquara natural. Confeccionado durante o projeto “Troca de Saberes” por uma Kaingang vinda da Terra Indígena Nonoai (Rio Grande do Sul) para ensinar as indígenas da T.I. Vanuíre.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Base de plástico (material industrializado), coberto com trançado de cipó-guaimbê e criciuminha; envernizado. Feito para comércio. Confeccionado pelo indígena Kaingang Moisés da Silva, da Terra Indígena Apucarana/PR.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Zarabatana com estrutura de criciuminha e trançado de criciuminha (claro) e cipó-guaimbê envernizado (escuro) com a seguinte inscrição: “KAIGANG”; com plumárias tingidas de rosa e verde e alça de cipó-guaimbê. Setas com estrutura em madeira criciuminha, sem ponta e com uma das extremidades com plumárias tingidas de verde e amarelo, atadas com fios de algodão preto. Usada para caça de passarinhos. Feita para comercialização. Confeccionado pelo indígena Kaingang Francisco Salvador (Korég) da Terra Indígena Kaingang de Iraí/RS.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Base em fio marrom, sementes de coco cortadas em formato de argolas e contas de madeira guajuvira (material industrializado). Adorno de uso pessoal feminino e para comércio. As contas redondas de madeira são feitas pelos próprios indígenas em máquinas industrializadas. Confeccionado pelo indígena Kaingang Francisco Salvador (Korég), da Terra Indígena Kaingang de Iraí/RS.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Cesto tigeliforme de fibra vegetal circular com borda introvertida. Sementes olho de cabra (ormosia arborea) coladas no cesto.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Aljava trançada de taquaruçu e alça de criciuminha. Confeccionada pelo indígena Kaingang Francisco Salvador (Korég), da Terra Indígena Kaingang de Iraí/RS.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Cordel de fibra vegetal torcido com quatro pingentes de semente escura e penas brancas.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Cesto de fibra vegetal trançada com borda de trabalho torcida.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Arco em madeira guajuvira com trançado de cipó-guaimbê envernizado (escuro) e criciuminha (claro) com a seguinte inscrição: “KAIGANG” e penas de galinha ou pato tingidas nas cores vermelho e amarelo. Corda de fios de saco de estopa desfiados. Flechas de madeira sem ponta e com uma extremidade com plumárias de galinha ou pato tingidas de vermelho e verde, atadas por cipó-guaimbê envernizado. Feito para comercialização. Confeccionado pelo indígena Kaingang Francisco Salvador (Korég) da Terra Indígena Kaingang de Iraí/RS.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Cesto com tampa, feita com taquaruçu natural e tingido nas cores verde, amarelo, laranja, azul e rosa (na tampa). Feito para comércio. Usado em casa para guardar roupas. Feito com trançado duplo (única maneira que dá para fazer as representações da metade clânica em toda a peça, enquanto que no trançado simples, a representação só aparece no fundo da peça). Confeccionado pela indígena Kaingang Lurdes Francisco.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Estrutura em madeira com trançado decorativo de criciuminha (branco) e cipó-guaimbê (escuro) com a seguinte inscrição: “KAIGANG”. Penas de galinha carijó e alça de cipó-guaimbê. É utilizado pelos “policiais” da aldeia. Confeccionado pelo indígena Kaingang Francisco Salvador (Korég) da Terra Indígena Kaingang de Iraí/RS.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Cabaça de porunga, queimada com tição de fogo representando marcas de Kamé (sol) e Kanhrú (lua). Dentro, sementes da própria porunga. Cabo de criciuminha e trançado com cipó-guaimbê envernizado, penas de galinha e alça de cipó-guaimbê. Outrora utilizado em rituais. Confeccionado pelo indígena Kaingang Francisco Salvador (Korég) da Terra Indígena Kaingang de Iraí/RS.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Nassa em casca e talos de taquaruçu. Usado na pesca; ainda é usado no dia a dia. Os peixes entram e não conseguem sair devido às pontas da borda interna. É colocado um determinado veneno extraído de plantas que afeta somente os peixes, e mesmo quando um peixe consegue escapar, ele é atingido e acaba morrendo. Confeccionado pelo indígena Kaingang Vilson da Silva, da Terra Indígena Kaingang de Iraí/RS.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Cestos confeccionados em fibra vegetal trançada. Os dois cestos foram feitos por indígenas Kaingang do sul; o da direta foi confeccionado na Reserva Indígena Apucarana (Paraná).
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Colar em estrutura de fio de algodão na cor verde, com sementes de coco nas cores natural e verde (tinta industrializada). Feito para comércio. Confeccionado pelo indígena Kaingang Francisco Salvador (Korég), da Terra Indígena Kaingang de Iraí/RS.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
“Pente singelo de duas hastes, provavelmente de tipo característico das etnias indígenas amazônicas da bacia do rio Trobetas, como WaiWai e Tiriyó. Entre os Tiriyó, os dentes dos pentes comumente são confeccionados com taliscas de nervuras das palmeiras inajá, bacaba e paxiúba e a haste transversal de osso do urubu-rei ou do macaco coatá. Neste exemplar, além da ligadura em trama de fios de algodão formando desenhos geométricos, plumas vermelhas de arara-canga e tucano o enfeitam. Trabalho masculino”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Pentes singelos de duas hastes, confeccionados pelo povo Karajá. “Os pentes singelos de duas hastes em geral são elaborados com hastes de madeira e dentes provenientes de espinho de tucum. A entramação, funcional e decorativa, é trabalhada com fios de algodão, fios de idêntico material mesclados com fios de seda de buriti ou somente estes, usados tanto na cor natural quanto tingidos em tonalidades do marrom ao negro. Os adereços plumários dos pentes aqui representados originam-se basicamente de plumas de araras, colhereiro, garça e papagaio. Os pentes, sobretudo os de entramação de seda de buriti, constituem-se em importante item de comércio”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Cerâmicas com estilo decorativo de esfumaçamento, que forma manchas pretas pelo corpo das mesmas. Todas as cerâmicas desta imagem foram confeccionadas por Candire (Maria Cecília de Campos) – importante ceramista Kaingang que viveu na Terra Indígena Vanuíre – e Ena Luisa de Campos (filha de Candire).
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Para uso pessoal de ambos os sexos e também adorno para comércio. Confeccionado pelo indígena Kaingang Francisco Salvador (Korég), da Terra Indígena Kaingang de Iraí/RS.
08Fotografia de Leandro Henrique Andrade
“Cestos paneiriformes de arumã, conhecidos pelo termo urutu, apresentando grafismos bicolores e tricolores machertados e tamanhos diferenciados, segundo variedades manufaturadas especialmente para a venda. Para uso próprio, no complexo da mandioca, são feitos somente com talas na cor natural e em formatos grandes”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Cerâmica com técnica decorativa de esfumaçamento, característica das cerâmicas Kaingang. Essa peça foi confeccionada por Ena Luisa de Campos e sua mãe Candire (Maria Cecília de Campos), importante ceramista Kaingang que viveu na Terra Indígena Vanuíre.
Fotografia de Wagner Souza e Silva
“Cesto platiforme de folíolos de buritirana usado como peneira”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Cerâmica encontrada nas primeiras escavações em Tupã, quando houve a abertura da avenida Tamoios em 1929. Essa peça é uma doação do fundador da cidade, Luiz de Souza Leão. Técnica decorativa de esfumaçamento, característica das cerâmicas Kaingang.
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Cerâmicas com estilo decorativo de esfumaçamento, que forma manchas pretas pelo corpo das mesmas.
Fotografias de Wagner Souza e Silva
“Cesto platiforme côncavo-convexo de palha de buriti, usado como abano, bandeja e recipiente para armazenagem de produtos de coleta, da roça, matérias-primas e implementos diversos. Fabricado em vários tamanhos, serve também de cobertura de alimentos. Importante como utensílio para secagem ao sol, por uma semana, de fatias finas de mandioca doce descascada, as quais, depois, são socadas até se obter um tipo de farinha”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Cesto bornaliforme trançado em fibra vegetal. Possui tampa com uma alça em cordel de fibra vegetal. “O cesto constitui-se num dos artefatos de maior utilidade para os Xavante de ambos os sexos. Os cestos bornaliformes são elaborados pelas mulheres, exceto as alças, feitas pelo homem. A matéria-prima provém de folíolos do broto da palmeira buriti. Os diversos usos domésticos deste tipo de cesto – recipiente e de transporte – distribuem-se principalmente de acordo com o seu tamanho. Este exemplar presta-se particularmente bem para matérias primas, implementos para trabalho artesanal, roupas, algum utensílio”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
“Cesto cilíndrico, elástico, de talas de taquara, provido de abertura na parte superior e duas alças: a de cima para prendê-lo a um ponto fixo e a inferior para introduzir uma alavanca e fazê-lo distender-se. Usado para extrair o ácido cianídrico, tóxico, da mandioca brava, aproveitando-a na alimentação sob várias formas, tais como farinhas, beijus, mingaus, bebidas fermentadas e doces. Utensílio largamente difundido entre diversas sociedades amazônicas”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
“Rede de dormir confeccionada com fios de tucum, o que lhe garante grande resistência e durabilidade”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Cerâmicas com estilo decorativo de esfumaçamento, que forma manchas pretas pelo corpo das mesmas. A cerâmica da direita foi confeccionada por Candire (Maria Cecília de Campos), importante ceramista Kaingang que viveu na Terra Indígena Vanuíre. Já a cerâmica da esquerda foi uma produção conjunta entre Candire e sua filha, Ena.
Fotografia de Wagner Souza e Silva
“O cesto constitui-se num dos artefatos de maior utilidade para os Xavante de ambos os sexos. Os cestos bornaliformes são elaborados pelas mulheres, exceto as alças, feitas pelo homem. A matéria-prima provém de folíolos do broto da palmeira buriti. Os diversos usos domésticos deste tipo de cesto – recipiente e de transporte – distribuem-se principalmente de acordo com o seu tamanho. Estes exemplares prestam-se particularmente bem para matérias primas, implementos para trabalho artesanal, roupas, algum utensílio”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Peneira circular, com fundo oval de fibra vegetal natural e tingido, trançado. “Cesto tigeliforme de tala de arumã para servir e guardar alimentos, como o beiju, e para depósito de objetos”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Cerâmicas com estilo decorativo de esfumaçamento, que forma manchas pretas pelo corpo das mesmas. As cerâmicas da esquerda e da direita foram confeccionadas por Candire (Maria Cecília de Campos), importante ceramista Kaingang que viveu na Terra Indígena Vanuíre.
Fotografia de Wagner Souza e Silva
“Cesto-cargueiro de trançado quadricular ou xadrezado, manufaturando com palha de babaçu e amarração de embira. Empregado também para acondicionamento de diferentes itens domésticos. Sua utilização é comum a ambos os sexos”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Abano de folha de palmeira clara trançado, formato retangular, suporte superior em tala de palmeira. “Manufaturado pelas mulheres com folíolos de brotos de palmeiras (buriti, acuri, babaçu). Empregados como ventarolas para abanar-se e atiçar o fogo e como tabuleiro para recolher matérias-primas, objetos e alimentos em geral. Registra-se ainda sua utilização como peneira para limpeza de cereais após socados no pilão”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Armadilha para pegar peixe em fibra vegetal. “Cesto-armadilha alguidariforme para pescar em águas represadas. Usado também para guardar peixes. É elaborado com nervura da folha e fios da palmeira buriti e aros de madeira”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
“Cesto estojiforme, conhecido pelo termo Patuá. Confeccionado pelo homem segundo a técnica dobrada. A matéria prima consiste na prefoliação da palmeira de babaçu sendo as estruturas de varetas – que determinam a forma ovalada – obtidas de nervuras da palmeira tucum e da palmeira que os Karajá denominam manajá. Fios de algodão servem para a costura e cordéis de seda de buriti para as alças. Usados pelo homem casado, rapaz e mulher, destinam-se à guarda de bens delicados e preciosos: as maiores, à conservação de materiais necessários na manufatura de flechas, como penas, plumas, cipó imbé, novelo de linha de algodão, breu e ainda de adornos plumários; as menores, ao depósito de miudezas”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
“Este artefato de fasquias de cipó, feito pelas mulheres, exemplifica modelo de cesto-cargueiro, confeccionado em diversas dimensões: desde os grandíssimos – com 60 cm de altura, 60 de diâmetro e alça de entrecasca de mirtáceas com 2 cm de comprimento por 5 cm de largura – até os mais pequenos direcionados aos brinquedos infantis. As presilhas superiores para prender a alça e eventual cobertura, estão ao redor de circunferência (vide cesto maior), havendo ainda na porção inferior do cesto duas presilhas de apoio que serão interligada a duas superiores para adaptação do utensílio às costas do portador. Os corantes utilizados nas tintas da pintura externa provêm do urucu cru ou cozido (vermelho ou ocre). Do carvão (preta) e de folhas da planta Kasapiina ou do fruto de zinziberácea (violeta), misturados com resina de certa zinziberácea”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
“Cesto-cargueiro gameliforme de trançado marcheteado de talas de pecíolo de folha da palmeira buriti na cor natural e pintadas com tinta vermelha de urucu e negra, provavelmente de fuligem ou pigmento vegetal. O acabamento de aro roliço de cipó é envolto por talas de pecíolo de buriti em espiral. Possui estrutura interna de madeira leve amarrada com cordel de algodão natural e vermelho, tingido de urucu, pendendo dos cantos do cesto borlas de fio de algodão. É confeccionado pelos homens para uso das mulheres, que o transportam sobre uma rodilha na cabeça, servindo ainda para armazenamento de provisões e objetos diversos. Seu manuseio é facilitado pela anexação de duas alças cruzadas de cordel de buriti presas à borda para levantar e pendurar”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Máscara de fibra vegetal, composta por camisa e calça. Na extremidade superior da camisa tem-se uma madeira na horizontal envolta por fio de algodão, que em suas extremidades continua até um chumaço de fios de algodão na cor amarela. “Os múltiplos tipos de máscaras Wauja são considerados receptáculos de espíritos de entidades geralmente aquáticas, sobretudo peixes, os animais ‘mais puros’. De ordinário sexuadas, as máscaras são feitas aos pares: macho e fêmea”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Cerâmicas com estilo decorativo de esfumaçamento, que forma manchas pretas pelo corpo das mesmas. A cerâmica à direita foi confeccionada por Candire (Maria Cecília de Campos), importante ceramista Kaingang que viveu na Terra Indígena Vanuíre.
Fotografia de Wagner Souza e Silva
Cestos bolsiformes trançados com fibra de palmeira buriti com tampa e alça. “Cesto bolsiforme de trançado torcido vertical. Elaborados em diferentes dimensões para uso próprio e também para comércio”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Chocalhos globulares de cabaça envoltos por fibra vegetal trançada nas cores natural e preta. Extremidade com plumária. Cabo em madeira. “Chocalho globular de cabaça e cabo de madeira, revestido por trançado cruzado de materiais provenientes da palmeira buriti, do cipó-imbé e algodão. O adereço plumário constitui-se de plumas cor-de-rosa de colhereiro, multicores de arara e brancas, provavelmente de garça-branca”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Peneira retangular de fibra vegetal, trançada, crivo fechado, com borda reforçada com haste em bambu. “Cesto platiforme de trançado cruzado em diagonal, feito com folíolos da prefoliação do babaçu. Trabalho masculino e feminino. Usado por mulheres durante o processamento da mandioca e do algodão e como depósito de objetos e produtos em geral; por homens, como depósito do material de confecção do charuto de tabaco ritual”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Suporte em fios de algodão trançado em arco aberto, plumagem nas cores azul e vermelha. “Coroa adaptada à cabeça em sentido vertical. Base tecida em fios de algodão, com emplumação de penas de arara-vermelha”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Máscara em formato oval de tecido com formas geométricas e pintado com jenipapo e urucum, em palha de buriti trançado e desfiado. “Máscara oval tecida e franja de palha de buriti. As características da pintura geométrica identificam o sobrenatural representado: na sua execução utilizaram-se tintas à base de urucu (vermelho) e jenipapo (preta); ainda de argila branca, ou tabatinga”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Bambu revestido por fibra vegetal natural e tingido, trançado em desenhos geométricos. Tacos de madeira utilizados para tampar as extremidades do bambu. Elementos sonoros no interior do tubo. “Recipiente de tubo de bambu, fechado, com elementos e mecanismos sonoros em seu interior. O revestimento decorativo trançado está elaborado com fibra vegetal na cor natural e tingida em preta, provavelmente com tinta de jenipapo. É conhecido como pau de chuva”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Aro com suporte de tala de madeira envolto por fibras vegetais claras e escuras trançadas em motivos geométricos. “Aro de trançado marcheteado feito e ostentado ritualmente pelos homens. Informações recentes apontam seu uso também por mulheres. Contrastam-se talas pretas de samambaia e claras de uma planta chamada akaravô, em língua indígena, resultando em elaborados desenhos geométricos”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
“Cesto bolsiforme trançado de palha de buriti, de acordo com a técnica enrolada com fio duplo, ou torcida. Trabalho e uso feminino, tradicionalmente para guardar e às vezes carregar materiais reservados ao plantio e à tinturaria, como sementes de milho, amendoim, algodão e urucu. Poucas mulheres ainda dominam sua técnica de confecção, preferindo as mais jovens bolsinhas industrializadas. Eventualmente também empregado como artigo de comércio”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Cestos paneirformes com fibra vegetal trançada em duas cores com motivos geométricos, com aros, internos e externos, em fibra ao redor da boca circular fixado com fios de fibra vegetais, base achatada. “Cestos paneiriformes de arumã, conhecidos pelo termo urutu, apresentando grafismos bicolores e tricolores machertados e tamanhos diferenciados, segundo variedades manufaturadas especialmente para a venda. Para uso próprio, no complexo da mandioca, são feitos somente com talas na cor natural e em formatos grandes”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
“Ornato circular tecido, de largura variada, com ou sem franjas, usado no pulso. Confeccionado segundo a técnica de interlaçamento ou croch锹. “Pulseiras tecidas, tingidas com corante de jenipapo. Constitui-se em adorno cilíndrico com rebarbas, à maneira de carretel, tecido em crochꔲ.
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 84-85;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
“Cesto recipiente de espessura mínima ou espessura média, chamado comumente bolsa, sacola ou patrona e provido de alça para carregar ou pendurar”¹.”Sacola com alça resistente ou saco-cargueiro. Tecida com fios de caraguatá, usada para transportar crianças às costas do portador, provavelmente mulher, adaptando-se a alça à testa”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 45;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Cesto platiforme, raso, quadrangular, provido de paredes em hastes duplas de madeira, unidas entre si por fios de algodão, crivo aberto; trançado em talas de fibra vegetal; trançado orlado por fio de algodão. “Peneira de palha buritirana. Empregada para cernir farinhas: de mandioca doce, feijão e, principalmente, de milho”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Abano retangular de fibra vegetal trançada com estrutura de ripa de bambú. “Abano-bandeja manufaturado pelas mulheres com folíolos de brotos de palmeiras (buriti, acuri, babaçu). Empregados como ventarolas para abanar-se e atiçar o fogo e como tabuleiro para recolher matérias-primas, objetos e alimentos em geral. Registra-se ainda sua utilização como peneira para limpeza de cereais após socados no pilão”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Adorno de cabeça com plumária nas cores preto, amarelo, azul e vermelho; trançado de fibra vegetal com motivos geométricos. “Sobre coroa de palha trançada amarram-se uma fieira de penas caudais de japu combinadas com arara-canindé e uma faixa frontal de plumas de tucano. Adorno festivo masculino, seu uso varia em função dos cerimoniais, de suas etapas e do status do portador. Em rituais estritamente especiais pode ser ostentado por mulheres”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Cesto aberto de fibra vegetal em duas cores e motivos geométricos, hastes laterais em madeira circular, borda reforçada com fibra vegetal escura. “Cesto-cargueiro tipo jamaxim, base retangular de trançado marcheteado e bordas laterais elevadas de trançado hexagonal, provavelmente elaborado com talas de arumã na cor natural e pintadas. É possível que provenha de etnia norte-amazônica de família linguística Karib, sendo assim trabalho masculino e de uso feminino para transporte de alimentos, como beiju, e artefatos, como redes, durante viagens”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Chocalho tubular de fibra vegetal trançada em duas cores, tubo de bambu aberto em uma extremidade com tampa tipo rolha, com elementos sonoros no interior do tubo . “Recipiente de tubo de bambu, fechado, com elementos e mecanismos sonoros em seu interior. O revestimento decorativo trançado está elaborado com fibra vegetal na cor natural e tingida em preta, provavelmente com tinta de jenipapo. É conhecido como pau de chuva”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
“Cestos bolsiformes ou bolsas, sacolas, patronas. Constituem-se em cestos recipientes providos de alça, para carregar ou pendurar, comumente com tampa, de diferentes tamanhos e formatos. Servem para acondicionar e transportar pequenos pertences de uso pessoal. Trabalho feminino, possuindo dupla função: guardar objetos pequenos de uso das artesãs, das meninas e velhos e constituir-se em artigo de comércio, com grande aceitação nos centros urbanos”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Cordel-base de fios de algodão, plumagem nas cores preta, cinza, azul e vermelha. “Adorno plumário usado no occipício, com as penas em posição radial, emoldurando a cabeça e prolongando-se pelo dorso até a cintura”¹. “Manufaturado com penas de mutum macho e fêmea, arara-canga e/ou arara-vermelha, maguari e garça-branca. Envergado por homens e eventualmente mulheres”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 127;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
“Aerofone de palheta de cabaça revestida por decoração bicolor amarela/azul de plumas de arara-canindé. Alça de fibra de palmeira. Tocado por homens adultos em cerimoniais”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Coroa vertical com penas ornamentais nas cores preta e branca; ripa de madeira com fio de algodão costurado. “Ornato em forma de coroa, em que as penas ornamentais ou as varetas que as sustentam mantêm posição ereta, rodeando todo o crânio”¹. “Coroa vertical emplumada, destacando-se as penas negras de tucano. Adorno masculino, até recentemente confeccionado para comércio externo”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 118;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Coroa com suporte em bambu revestido por linhas de algodão; plumárias nas cores azul, marrom e amarela, fixadas com cera escura na face externa frontal.”Ornato em forma de coroa, em que as penas ornamentais ou as varetas que as sustentam mantêm posição ereta, rodeando todo o crânio”¹. “Coroa vertical de penas caudais de arara-canindé. Suporte de aro de talas de palmeira revestido por fios de algodão e resina. Uso masculino adulto”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 118;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Coroa radial constituída de duas abas de palha trançada; penas nas cores marrom e branca. Possui penacho alçado com plumária marrom. “Ornato em forma de coroa, constituído geralmente de duas abas de palha trançada com fieiras de penas dispostas entre elas, no mesmo plano, em sentido radial”¹. “Coroa radial emplumada ostentada por homens”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 118;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Coroa radial com estrutura de ripa de bambú, fio de algodão e penas pretas. “Ornato em forma de coroa, constituído geralmente de duas abas de palha trançada com fieiras de penas dispostas entre elas, no mesmo plano, em sentido radial”¹. “Coroa radial de plumas de mutum. Enfeite masculino”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 118;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
“Ornamento plumário em forma de diadema usado na fronte em posição vertical”¹. “Diadema vertical, confeccionado com penas pretas de ave não identificada, brancas de garça-branca e azuis de arara-canindé. Trabalho masculino. Envergado ritualmente por homens que tem o direito herdado de usá-lo”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 120;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
“Espécie de avental usado pelas mulheres para cobrir as partes pudendas. É tecido em tear tipo Ucaiali, ou tear em arco, com fio de algodão e contas de vidro. Apresenta feitio de triângulo isósceles e varia de tamanho segundo se destine a mulheres adultas ou a meninas. A variedade de padrões é muito grande, sendo adornado na orla com franjas de algodão, tufos de plumas ou guizos sonoros de sementes, cocos e asas de besouro”¹. “Tanga de miçangas, de forma trapezoidal, tecida em tear em arco, com fios de algodão e contas de vidro. As franjas nas bordas laterais são guarnecidas com pingentes sonoros de sementes suspensas por fios de contas. Padrões decorativos geométricos ocupam toda a extensão da veste, usualmente feita por mulheres e por elas usadas em danças e outras diferentes ocasiões festivas. Provavelmente de etnia norte-amazônica de família linguística Karib”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 182;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
“Objeto trançado de forma variada – retangular, trapezoidal, triangular, quadrado – semelhante a uma pequena esteira, provido de uma parte superior mais resistente para empalmar. É usado para atiçar o fogo e para abanar-se”¹. “Abano de folíolo de palmeira, provavelmente buriti. Para abanar-se e atiçar fogo”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 42;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
“Trançado de duas dimensões e tamanhos variados usado como leito, assento, cobertura e divisória interna das casas, tapume das entradas da casa e como paravento. E, ainda, para cobrir a carga nas canoas”¹. “Pequena esteira de folíolos de broto de buriti, trançada por mulheres, que também coletam a respectiva matéria-prima”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 52;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
“Ornatos de penas pendentes do orifício do lobo da orelha, ou colocados sobre o pavilhão auricular como um lápis”¹. “Par de brincos emplumados. Ostentado por jovens do sexo masculino no cotidiano e, principalmente, em rituais. Apresenta haste de madeira, plumas de colhereiro, disco de concha fluvial, cera de abelha e cordel de algodão”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 115;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Braçadeiras emplumadas feitas com fio de algodão trançado envolto por fibra vegetal. “Adorno plumário usado na altura do bíceps”¹. “Par de braçadeiras masculinas, de plumas amarelas de arara-canindé e negras de mutum”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 114-115;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Cesto platiforme, raso, quadrangular, provido de paredes em hastes duplas de madeira, crivo aberto; trançado em talas de fibra vegetal. “Cesto platiforme, isto é, raso, em forma de prato, circular, retangular ou quadrado. Apresenta-se de crivo aberto, na parte central, ou com as talas relativamente afastadas para cernir a farinha”¹. “Empregada para cernir farinha”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 48;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Bolsa tecida em fibra vegetal nas cores rosa, roxo, preto e vermelho; parte traseira prolongada com caimento frontal, servindo de tampa; alça em faixa de fibra vegetal. “Cesto-recipiente de espessura mínima ou espessura média, chamado comumente bolsa, sacola ou patrona e provido de alça para carregar ou pendurar. Varia em tamanho e forma: retangular, quadrangular, ovalado, com ou sem aba. De uso pessoal, serve para guardar e carregar pequenos pertences”¹. “Bolsa tecida com fios de fibra vegetal, caimento frontal servindo de tampa e decoração com tintas naturais. Para o transporte de pertences pessoais e para comércio”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 45;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Faixa de couro felino com penas pretas, verdes, vermelhas e amarelas. “Coroa vertical de couro felino emplumada com gavião, arara-vermelha e papagaio-verdadeiro, entre outras aves. O uso das espécies ornitológicas da fieira pendente nesse tipo de coroa varia conforme o status do portador de sexo masculino”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Labrete de pena na cor azul, preta e vermelha. “Adorno plumário usado no orifício do lábio inferior”¹. “Labrete emplumado. Retrata a excelência estética da plumária executada pelos Ka’apor. Formado por longa pena caudal de arara-canga, por um couro emplumado do alto da cabeça e pluminhas azuis de saíra-beija-flor macho e finas penas pretas da asa e cauda de viuvinha. É ornato componente da indumentária cerimonial de adultos do sexo masculino. Trata-se de exemplar importante para mostrar a tendência à representação figurativa – pássaro – verificada na plumária desta sociedade”².
¹RIBEIRO, Berta G. Dicionário do Artesanato Indígena, p. 122;
²Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Cinta com plumárias nas cores preta, amarela, azul e vermelha. Suporte em faixa de tecido de algodão fechada em circulo. “‘Guirlandas de plumas’ de tucano, arara-vermelha, arara-canindé e mutum pendentes de faixa tecida de algodão, prestam-se, neste adorno, para exemplificar técnica plumária largamente difundida entre os Tupi. Integra a indumentária cerimonial de homens adultos”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
“Tipoias são faixas usadas a tiracolo para carregar crianças pequenas, podendo, muitas vezes, como transparece neste exemplar, constituir-se também em ornato cerimonial. De palha de palmeira com trançado decorativo geométrico na cor natural e pinceladas tingidas em negro, os conjuntos de pingentes compõem-se de metades de cocos de tucum e plumas vermelhas de arara-canga suspensos por cordéis de fios de algodão. Presta-se este artefato, desse modo, a dupla função: meio de transporte e adorno corporal do tórax”¹. Essa tipoia foi confeccionada pelo povo Metyktire, que é um subgrupo pertencente aos Kayapó.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Máscara xinguana roda-capuz Wauja em fibra vegetal trançada. “A gigantesca máscara Takuje e a menor, Sapukuyawá, apresentam-se em duplas, durante o dia, em determinada etapa dos grandes cerimoniais de máscaras, as Festas de Apapaatai. Pedem comida para distribuição aos homens que representam certos espíritos através das máscaras, estando, assim, alimentando estes espíritos, agradando-os e agradecendo-os, uma vez que rituais de máscaras são realizados com fins terapêuticos devido à doença de uma pessoa. Realizam igualmente inúmeras brincadeiras, tendo como alvo principal as mulheres”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Cinta com suporte em fibra de buriti, trançada em duas cores com plumárias nas cores branca, preta e rosa. “Enfeites de jovens Karajá, do sexo masculino, para diferentes ocasiões rituais. Cinta emplumada de palha de buriti e penas, provavelmente de garça e maguari, com três rosetas equidistantes de plumas de colhereiro”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Cordão de algodão entrelaçado com dois chumaços de algodão nas extremidades, finalizado por plumárias na cores verde, amarela e vermelha que são fixadas com resina e cordel de algodão. “É uma espécie e emblema étnico, usado pelos homens Xavante nos cerimoniais, e que denota a relação crucial vigente nessa sociedade entre o filho da irmã e o tio materno”¹.
¹RIBEIRO, Dicionário do artesanato indígena, p. 302;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Pingente emplumado com três rosetas de plumária nas cores vermelha, verde, amarela e azul, fixadas com fio de algodão preto em suporte de rolete de madeira. “Pingente de plumas multicores de arara-canga”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Aro de tala de pecíolo de taquara, série de talas com plumária de colhereiro e pato selvagem nas cores branca e preta, fixadas com fios de fibra. “Observe neste ornamento a técnica denominada emplumação em pétala, bastante comum entre os Karajá, pela qual se fixam a uma só face do suporte, em sentido vertical, plumas com o lado avesso para fora”¹. De acordo com o Dicionário do Artesanato Indígena, de Berta G. Ribeiro, “Ornato em forma de coroa, em que as penas ornamentais ou as varetas que as sustentam mantêm posição ereta, rodeando todo o crânio”.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
“Máscara cara-grande, de madeira, emplumada com arara-vermelha e arara-canindé. Máscaras deste tipo imitam as representações de espíritos que os Tapirapé costumam gravar em árvores. Usam-nas os homens adultos”¹. De acordo com o Dicionário do Artesanato Indígena, de Berta G. Ribeiro, “Semicírculo de madeira recamado com um mosaico de plumas peitorais de arara, terminando com um remate de penas caudais dessa ave à maneira de raios. A representação dos olhos é feita com retângulos e madrepérola, ladeando os respectivos orifícios; a do nariz, com uma protuberância de madeira; a da boca, com dentes de osso ou pau. Chamada ypé pelos Tapirapé, e conhecida como cara grande pelos regionais”.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Pente singelo de duas hastes em madeira, série paralela de taliscas de madeira pontiagudas unidas entre si por trançado de seda de buriti e linha de algodão em motivos geométricos. “Os pentes singelo de duas hastes em geral são elaborados com hastes de madeira e dentes provenientes de espinho de tucum. A entramação, funcional e decorativa, é trabalhada com fios de algodão, fios de idêntico material mesclados com fios de seda de buriti ou somente estes, usados tanto na cor natural quanto tingidos em tonalidades do marrom ao negro. Os adereços plumários dos pentes aqui representados originam-se basicamente de plumas de araras, colhereiros, garças e papagaios. Os pentes, sobretudo os de entramação de seda de buriti, constituem-se em importante item de comércio”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
Composto por penas e plumas de colhereiro e penas de jaburu e gaviãozinho nas cores preta, rosa, rajada marrom e preta. De acordo com o Dicionário do Artesanato Indígena, de Berta G. Ribeiro, “Adorno de cabeça que, devido à ligadura flexível e à superposição parcial das penas, abre-se e fecha como um leque. Aberto assemelha-se ao diadema rotiforme, lembrando, na forma e estrutura, a cauda do pavão.” “Leques de occipício são adornos de homens Karajá jovens, solteiros ou casados, envergados principalmente durante a ‘Festa da Casa Grande'”¹.
¹Sonia Dorta;
Fotografia de Wagner Souza e Silva.
De uso pessoal e feminino (para prender cabelos), mas também para comércio. Cada adorno/palito é envernizado para que dure mais e por questão de estética. Antigamente a proteção era com cera de abelha. Tradicionalmente, uma peça como essa era usada pelas mulheres como arma de defesa, onde na ponta era aplicado veneno; portavam duas ou mais dessas peças presas no cabelo em posição de “X” de forma que não se envenenassem . De acordo com a avó de Josué Carvalho (Kaingang da Terra Indígena Nonoai/RS), essas armas eram usadas contra ataques de brancos que queriam abusar das indígenas. Eram usadas também contra o roubo de mulheres por outros povos. Estas eram as armas mais poderosas das mulheres. Confeccionados pelo indígena Kaingang Francisco Salvador (Korég), da Terra Indígena Kaingang de Iraí/RS.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Total de quatro itens formando um acervo: (1) chifre de boi, com algodão dentro, uma peça de madeira (jenipapo) no fundo do chifre e uma em cima tampando o chifre com um pedaço de fundo de cabaça; (2) fuzil – pedaço de madeira (jenipapo) com grafismos e ferro embutido na madeira; (3) pedra de corisco; (4) item para armazenar a pedra e o fuzil – feito de fibra de Ouricuri (buriti). Feito por José Ronaldo França de Siqueira, indígena da Aldeia Malhador Kapinawá (Buíque/PE) que aprendeu com seu tio João Amâncio da Silva. Era utilizado pela família. O Kurimbok tem a função de um isqueiro (pôr fogo, acender cigarro, etc.). José Ronaldo disse: “Acho que só tem três peças dessa no Brasil, uma que fiz junto com meu tio para aprender e que está bem guardada com minha tia até hoje; então resolvi fazer mais duas peças, uma que está comigo e essa que trouxe para o Museu”.
Fotografia de Andressa Anjos de Oliveira
Peça produzida pela artesã Kaingang Ena Luisa de Campos, da Terra Indígena Vanuíre (Arco Íris/SP), para integrar a exposição temporária “Fortalecimento da Memória Tradicional Kaingang – De Geração em Geração” (30 de junho de 2015 à 01 de fevereiro de 2016) do Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre. A peça é mencionada no relatório de acompanhamento da produção para a exposição datado de 03/06/2015.
Fotografia de Andressa Anjos de Oliveira
Peça produzida pela artesã Kaingang Ena Luisa de Campos, da Terra Indígena Vanuíre (Arco Íris/SP), para integrar a exposição temporária “Fortalecimento da Memória Tradicional Kaingang – De Geração em Geração” (30 de junho de 2015 à 01 de fevereiro de 2016) do Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre. A peça é mencionada no relatório de acompanhamento da produção para a exposição datado de 03/06/2015.
Fotografia de Andressa Anjos de Oliveira
Peça produzida pelo artesão Kaingang José da Silva Campos, da Terra Indígena Vanuíre (Arco Íris/SP), para integrar a exposição temporária “Fortalecimento da Memória Tradicional Kaingang – De Geração em Geração” (30 de junho de 2015 à 01 de fevereiro de 2016) do Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre. A peça é mencionada no relatório de acompanhamento da produção para a exposição datado de 29/05/2015. Utilizada para manusear a cerâmica enquanto ocorre a queima da mesma.
Fotografia de Andressa Anjos de Oliveira
Peça produzida pelo artesão Kaingang José da Silva Campos, da Terra Indígena Vanuíre (Arco Íris/SP), para integrar a exposição temporária “Fortalecimento da Memória Tradicional Kaingang – De Geração em Geração” (30 de junho de 2015 à 01 de fevereiro de 2016) do Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre. A peça é mencionada no relatório de acompanhamento da produção para a exposição datado de 11/06/2015. A cerâmica Kaingang era utilizada para cozinhar e também para armazenar alimentos.
Fotografia de Andressa Anjos de Oliveira
Colar com fio de algodão envolto por roletes de bambu, contas brancas e carapaça branca de ostra bivalve, sendo duas cinzas. Utilizado como adorno. Confeccionado e doado pela indígena Candire.
Fotografia de Leandro Henrique Andrade
Cesto bolsiforme (formato de bolsa). Seu material é de fibra vegetal trançada com base elíptica e orla reforçada com trançado; borda reforçada por trançado e alça dupla central em trançado de fibra. De uso pessoal, serve para guardar e carregar pequenos pertences¹.
¹RIBEIRO, Dicionário do artesanato indígena, p. 45;
Fotografia de Leandro Henrique Andrade.