A educação inclusiva, para além de um ambiente de convivência para a diversidade, demanda de práticas pedagógicas que favoreçam o acesso aos conteúdos curriculares e a aprendizagem de todos.

(Costa, Gonçalves, 2019, p. 01).

Entende-se que a cultura é um “componente ativo na vida do ser humano, que se expressa em suas ações e práticas em sociedade, formando um conjunto de sistemas e significados que dão sentido a elas”. (Maidana, 2023, p. 01).

Portanto a inclusão cultural é um conceito crucial que visa estabelecer sociedades e ambientes onde todas as pessoas, independentemente de suas características ou condições, tenham a oportunidade de participar plenamente da vida social, econômica, cultural e política, promovendo equidade, diversidade e respeito pelos direitos humanos.

Neste contexto, a equipe educativa apresenta uma ação conjunta de dois projetos de inclusão social do Museu Índia Vanuíre: “Aguçando as Memórias”, voltado para a terceira idade, e “Olhar é o Sentir pelas Mãos”, direcionado ao público cego e com baixa visão. As ações realizadas em ambos os projetos são de responsabilidade da equipe Educativa.

Reconhecer e valorizar a diversidade é essencial para promover a inclusão, criando espaços onde todas as vozes sejam ouvidas e todas as perspectivas sejam respeitadas.

O jogo da memória, aqui abordado, visa desenvolver e refletir sobre os conteúdos, enfatizando a importância da valorização do patrimônio histórico e cultural.

A palavra inclusão no dicionário tem o significado de introdução ou inserção, e ainda o ato de acrescentar ou adicionar algo, no entanto, em sentido mais amplo e no qual pautamos as ações educativas, temos a inclusão como um ato de promoção da igualdade trazendo a vivência de pessoas em grupos e núcleos dos quais não faziam parte, proporcionando experiências e compartilhando sentidos.

Nessa perspectiva a Ação Educativa atuou como esse agente integrador trazendo elementos da cultura africana, oportunizando ao grupo a construção de um olhar crítico, bem como a interação entre os participantes, ainda, apresentando pautas complementares importantes como a sustentabilidade na utilização de materiais reaproveitados na construção de bonecas africanas sob a orientação de uma oficineira.

Essa ação resultou em uma exposição temporária intitulada “Caminhos Inclusivos: A Arte Transformadora”, com a apresentação das referidas bonecas, tendo cada uma sua expressão única, destacando a diversidade cultural e a habilidade excepcional de transformar materiais reaproveitados em obras significativas, estes projetos provam que a arte e a cultura são verdadeiramente inclusivas.

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REFERÊNCIAS

COSTA, C. M. da.; GONÇALVES, A. C. EDUCAÇÃO, INCLUSÃO E DIVERSIDADE CULTURAL: Alguns apontamentos
Pedagógicos. Disponível em: https://repositorio.alfaunipac.com.br/publicacoes/2020/441_educacao_inclusao_e_diversidade_cultural_alguns_apontamentos_pedagogic.pdf. Acesso em: 30 mai. 2024.

DEMO, Pedro. Conhecer e Aprender: Sabedoria dos limites e desafios. Porto Alegre: Artes Médicas Sul. 2000. p. 102.

Lei de Diretrizes e Bases – A nova LDB e as necessidades educativas especiais. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/6112/lei-de-diretrizes-e-bases-a-nova-ldb-e-as-necessidades-educativas-especiais. Acesso em: 10 de dez de 2023.

MAIDANA, G. A. Cultura E Educação: Escola E A Cultura Inclusiva. Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/escola-e-a-cultura. Acesso em: 27 mai. 2024. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo Do Conhecimento.

Organização Mundial de Saúde (OMS). SBGG – Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Disponível em:  http://sbgg.org.br/espaco-cuidador/envelhecimento-ativo/. Acesso em: 28 mai. 2024.

TOJAL, A. P. da F. Políticas Públicas Culturais de Inclusão de Públicos Especiais em Museus. Capítulo II Museu e Ação Educativa Inclusiva.  Tese de doutorado. São Paulo: ECA-USP, 2007.